Justificativa:

Neto de italianos o Sr. PASCHOAL BOLDRIN, nasceu aos 21 de maio de 1926 no município de Itapira (ita = pedra + apira = alta em tupi), antes deste nome como bairro dos Macucos, no estado de São Paulo.

PASCHOAL BOLDRIN casou-se com Eliza Lopes Boldrin em julho de 1951 em Cornélio Procópio no estado do Paraná, onde viveram por 20 anos. Desta união a jovem Eliza deu à luz aos filhos Valdir Boldrin, Jair Lopes Boldrin, Dirce Aparecida Boldrin, Jacir Boldrin, Walmira Boldrin e José Moisés Boldrin, em Cornélio Procópio ou Sorocaba.

Em 1977 a família mudou-se para Sorocaba, onde o Sr. PASCHOAL BOLDRIN montou seu armazém de secos e molhados no bairro Cedrinho, quando o local não tinha qualquer urbanização, afirma o filho que o local" era só mato".

Fato curioso é que com muito esforço e trabalho o Sr. PASCHOAL BOLDRIN comprou alguns lotes no bairro, mas uma curiosidade deve ser mencionada aqui, pois é a justificativa deste projeto de lei, no local onde se estabeleceu, o comerciante preservou uma árvore nativa. Uma paineira que ao longo dos trinta anos em Sorocaba cuidou com esmero extremo da árvore que para sua esposa e seus filhos é a representação da vida do esposo e pai.

A origem do Sr. PASCHOAL BOLDRIN, nascido na antiga "Vila dos Macucos" a solidariedade era um traço marcante de sua personalidade, pois além da labuta diária no armazém para garantir o sustento da família, os moradores do Cedrinho contavam com a valiosa e importante ajuda do "Seo" PASCHOAL.

Vale mencionar que nos idos anos 60 em plena ditadura militar o governo trabalhava para o crescimento nacional, o que ficou conhecido como o "milagre brasileiro". Através da exacerbação do nacionalismo e da repressão aos movimentos sociais e com isso ampliando a exploração aos trabalhadores, conseguiram fazer a economia nacional crescer a olhos vistos neste primeiro momento.

Esta realidade não se sustentou a longo prazo, tendo causado, posteriormente, o aumento da inflação e a crise que o Brasil atravessaria durante as décadas de 1980 e 1990. Já em 1979 há um grande salto inflacionário, ocorrido em função da crise mundial do petróleo e da política interna de fixação de preços.

Neste cenário econômico e político é possível que o Sr. PASCHOAL BOLDRIN nem fazia idéia da sua importância na vida de dezenas de famílias que ajudou a criar e alimentar com o uso da habitual "caderneta" ele vendia a prazo e mesmo se o cliente não tivesse dinheiro o Sr. PASCHOAL dizia que poderia "fazer a lista" que ele mandava entregar.

Algumas destas cadernetas o Sr. PASCHOAL BOLDRIN sabia que não seriam saldadas, mas nunca deixou de fornecer os itens das listas de compras, aí estava a diferença, "Seo" Paschoal optou pela ajuda voluntária, fora do padrão do comerciante que visa a receita.

Em 1997, aos 71 anos de idade, faleceu o Sr. PASCHOAL BOLDRIN no município de Sorocaba, porém, até hoje inúmeras famílias se lembram dele pela postura altruísta e solidária do dono do armazém no bairro do Cedrinho.